Estudo sobre a competitividade da Indústria de processamento de castanha de caju em Moçambique
O estudo, resolutamente técnica e empírica, envolveu a consulta de mais de 100 actores e especialistas do sector, e esta centrada na apresentação de dados e análises, possibilitando entender a situação específica da indústria de processamento da castanha de caju em Moçambique em 2019/2020 em comparação dos principais países processadores no mundo. O estudo detalha as vantagens e desvantagens da indústria de processamento da castanha de caju em Moçambique, e com base nos resultados de análise, propõe recomendações especificas, ao Governo e ao Instituto de Amêndoa de Moçambique, aos industriais e outros actores da cadeia de valor.
Entre outras recomendações chaves são:
- Promoção da governança através uma maior transparência e construção de um fortalecimento do diálogo entre actores a fim de melhorar competitividade da cadeia de valor de caju.
- Apoiar o mecanismo de parceria e fornecimento directo entre processadores e grupos de produtores para permitir uma redução dos custos logísticos e uma melhoria significativa da qualidade.
- A indústria nacional de processamento da castanha deve apostar no mercado sul-africano, de facto apenas 36 % da amêndoa vendida em África do Sul vem do Moçambique, contudo o Moçambique tem uma vantagem comparativa devido a curta distância com África do Sul em comparação dos outros países processadores (Índia ou Vietnam).
- Promoção de um processamento competitivo de subprodutos da castanha de caju, através de uma transformação da casca em uma variedade de produtos energéticos (sólidos, líquidos, gás). Este benefício adicional torna-se uma margem acrescentado para a fábrica, na hora de negociar um preço competitivo da castanha ou das suas amêndoas.