A 1ª sessão do Comité de Amêndoas consensualizou que o Preço de Referência para os Produtores da castanha de caju aumenta para 43 Meticais durante a campanha agrária 2021/2022. “O Preço de Referência ao Produtor traduz a vontade expressa do Governo de assegurar que todos os actores da cadeia de valor do caju sejam devidamente remunerados”, afirmou o vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Olegário Banze.
O consenso foi alcançado nesta sexta-feira (24) pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, os produtores, comerciantes e processadores de castanha de caju durante a 1ª sessão do Comité de Amêndoas que teve lugar na Cidade de Maputo.
“O Preço de Referência ao Produtor ficou consensualizado em 43 Meticais o quilo, o que representa um crescimento de 16,2% nos rendimentos dos produtores comparativamente aos 37 Meticais pagos na campanha passada” anunciou o Director-Geral do Instituto de Amêndoas, Ilídio Bande clarificando que o preço é do mercado “e pode oscilar 10 por cento para cima ou 10 por cento para baixo”.
Este Preço de Referência para os Produtores de castanha de caju deverá em seguida ser aprovado pelos ministros da Agricultura e da Indústria.
O Vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Olegário Banze, que dirigiu 1ª sessão do Comité de Amêndoas, declarou que “o Preço de Referência ao Produtor traduz a vontade expressa do Governo de assegurar que todos os actores da cadeia de valor do caju sejam devidamente remunerados, que é uma condição básica para um maior envolvimento e comprometimento dos actores nos momentos de comercialização e industrialização do caju e consequentemente do crescimento sustentável que todos almejamos”.
“Por outro lado a intervenção do Governo na busca de alternativas para o resgate financeira a indústria do caju evidencia o quão interessados estamos em ver esta indústria a crescer, contribuindo para a geração de empregos e a geração de valor do caju” disse ainda Olegário Banze que perspectivou “na campanha de 2021/2022 foi projectada uma produção de 160 mil toneladas o que poderá representar um crescimento de cerca de 12 por cento em relação a campanha finda onde nós comercializamos um total de145 mil toneladas”.
Banze lembrou que “todos nós que trabalhamos nestas cadeias de valor temos que ser devidamente remunerados e com equidade. A liberalização do preço da castanha (de caju) que nós fizemos nos finais da década de 90 pressupunha o aumento da concorrência e a melhoria do Preço ao Produtor, mas na prática não é o que aconteceu. Não tendo sido precisamos de abordar a cadeia de valor do caju novamente daí que enveredamos pelo caminho de procurar um preço de referência que vai facilitar os comerciantes e processadores, mas sobretudo para que os produtores se sintam devidamente remunerados e tenham força para de ano em ano melhorarem a qualidade da amêndoa, aumentarem a produção e a produtividade e conseguirem que a castanha de caju seja cada vez mais competitiva”.