O projecto ACAMOZ designado Apoio à Cadeia do Caju em Moçambique, financiado pela Agência Francesa do Desenvolvimento (AFD), implementado na província da Zambézia esta mudar a vida de diversas famílias produtoras da castanha de caju, através de massificação do plantio do caju, consociação de culturas, associativismo; promoção da agricultura de conservação e vendas conjuntas para o sustento de várias famílias daquela parcela do país
A nossa equipe de reportagem deslocou-se recentemente à província da Zambézia, distrito de Gilé, localidade de Pacane, posto administrativo de mamala para colher o testemunho dos produtores da castanha do caju sobre o impacto do trabalho desenvolvido pelo projecto ACAMOZ juntamente com INCAJU-Instituto de Fomento de Caju, onde interagiu com Mena dos Santos, presidente da Associação dos Produtores Agro-Pecuários de Pacane (APAPA) filha de pais camponeses produtores da castanha de caju.
Mena dos Santos, decidiu seguir os passos dos seus pais e hoje em dia em uma potencial produtora da castanha de caju de Pacane com uma área extensa com vários cajueiros que caracteriza como o sustento da sua família.
A interlocutora conta que, a associação APAPA foi criada no ano de 2001 tendo sido ela a mentora desta agremiação quando notou que aquela localidade tem potencial de produção da castanha de caju começou a mobilizar a comunidade para fazer parte e hoje em dia a associação é composta por 22 membros de ambos sexos.
“Tenho em meu campo 1250 cajueiros e em termos de rendimento por campanha comercializamos aproximadamente 3 toneladas dependendo das condições climáticas. Produzir a castanha de caju esta mudar minha vida hoje em dia tenho uma conta bancária, onde faço poupança, adquiri algumas maquinas indispensáveis para o maneio dos cajueiros”
Para Mena, associação além de produção da castanha de caju produz outras culturas como: milho; amendoim; feijão boér; arroz; mandioca; banana e cana-de-açúcar para garantir a sua segurança alimentar.
Por seu turno, Avelino Máquina presidente da associação Não Recua sediada em Mirage conta que iniciou com actividade de produção da castanha de caju no ano de 2015. Este foi o mentor da criação da associação Não Recua que hoje possui uma área de 210 hectares com um alinhamento de 11.828 plantas de cajueiros dos quais na campanha de comercialização finda venderam 5.8 toneladas da castanha de caju por 38 meticais por quilo resultado da apanha da castanha em 9.000 cajueiros.
Segundo o presidente neste momento receberam da ACAMOZ na associação Não Recua 3.000 mudas de cajueiros que estão sendo plantados, cujo objectivo desta é ter em campo ainda no ano em curso 15.000 cajueiros em uma área de 300 hectares.
Fonte: INCAJU